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Clima da Bacia do Rio Limpopo: Seca  

A seca é um fenómeno natural mais comum e o mais devastador que afecta a bacia do rio Limpopo, cujos impactos se fazem sentir em termos sócio-económicos e ambiental (Leira et al 2002; FÃO 2004). O facto de a pluviosidade ser variável e errática, significa que a estacão húmida nem sempre inicia na altura esperada e que pode ser episódica, registando-se toda uma estação húmida mum intervalo de poucos dias.

Índice de Risco de Seca

O índice de risco de seca é uma medida de seca que incide na probabilidade de falha de colheita combinado com o grau de variabilidade de pluviosidade. O índice de risco relativo de seca para a bacia do rio Limpopo é mostrado no mapa abaixo apresentado. Um índice de baixo risco de seca, indica a falha de colheita relativamente baixo, enquanto que o índice de alto risco de seca indica grande probabilidade de falha na colheita, essencialmente devido a variabilidade de pluviosidade.

Na margem norte do rio Limpopo em Botsuana, Zimbabué e Moçambique parece ser mais susceptível do que a margem norte do lado Sul-Africano.

Índice relativo do risco de seca para a bacia do rio Limpopo.
Fonte: Leira et al. 2002
( clique para ampliar )

Vulnerabilidade à Seca na Bacia do Rio Limpopo

O IFAD (1996) e Benson et al. (1997) sugerem que aproximadamente 60% da África Austral é vulnerável à seca, com 30% altamente vulnerável. O Leira et al 2002 sobre Prontidão à Resposta aos Desastres sugere que secas na região ocorrem em cada 7 a 11 anos. A FAO (2004) diz que secas extremas ocorrem na bacia em cada 10 a 20 anos.

A seca de 1991-92 foi a mais severa na história recente, tendo afectado toda a região da África Austral incluindo a bacia do rio Limpopo. Embora hajam fortes indicações em como a seca ocorre ciclicamente na Africa Austral, ainda não é possível prever estes eventos com um elevado grau de certeza. Os cientistas têm descoberto a relação entre El Niño Southern Oscillation (ENSO e a seca na Àfrica Austral, contudo a correlação não é forte. Em termos de seca hidrológica, a mistura de correlação positiva e negativa entre o ENSO quente e o escoamento trimestral dos rios sazonais na África Austral tem sido reportada (Alemaw and Chãoka 2006).

Estudos recentes tem indicado que a ocorrência de seca está estreitamente ligada às observações aos eventos El-Niño e La- Niña na África Austral no período entre Dezembro e Fevereiro. Estas mudanças estão ilustradas no diagrama abaixo apresentado. Na maioria dos casos, mas não em todos, o fenômeno El Niño causa condições não comuns de seca e aquecimento na África Austral durante o período entre Dezembro e Fevereiro, enquanto que o fenõmeno La Niña causa humidade e arrefecimento na região durante o mesmo periodo.

Os fenômenos El Niño and La Niña ocorrem entre Dezembro e Fevereiro na África Austral.
Fonte: after INGC/ FEWS NET Mind (2003)
( clique para ampliar )

Impactos da Seca

A seca é frequentemente vista como assunto relacionado com a agricultura e a disponibilidade de alimentos (FÃO 2004), mas estudos feitos por Benson e Clay 1998; Vogel, Laing e Monnik 1999) indicam que a seca está longe de causar impactos socio-económicos e ambientais. A tabela abaixo, adaptada de Vogel, Laing e Monnik (1999), apresenta resumidamente os impactos na África Austral, contudo a FAO (2004) afirma que estes aspectos são relevantes para as áreas vulneráveis a seca em toda África Austral.

Os impactos da seca na África Austral.

Impactos primários

Impactos secundários

Sociais

Disrupção na distribuição dos recursos hídricos

Mitigacão, reassentamento e conflictos entre os consumidores de água

Aumento da procura de água

Aumento de conflictos entre os consumidores de água

Insustentabilidade das terras marginais

Pobreza e desemprego

Reducão da qualidade das áreas de pastagem e de cultivo

Armazenamento excessivo;

Redução da qualidade de vida

Desemprego temporário

Rendimentos reduzidos ou mesmo falta de rendimentos

Aumento da insegurança alimentar

Conflictos e guerra civil

Má nutrição e fome, conflictos e guerra civil

Aumento de concentração de poluentes

Risco da saúde pública

Combate desigual à seca

Desconfiança e instabilidade social

Aumento de florestas e incêndios

Aumento de ameaça a vidas humana e animal

Aumento da pressão da urbanização Social,
pouca seguranca;

 

Ambientais

Aumento de habitates naturais degradados

Perda de biodiversidade

Reducão de florestas, culturas, e produtividade das terras aráveis

Rendimentos reduzidos e falta de géneros alimentícios

Reducão de niveis de água

Fraco acesso a água

Reducão de nível de nebulosidade

Plantas queimadas

Aumento da temperatura diurna

Aumento de risco de incêndios

Aumento de evapotranspiração

Culturas tendo a murchar e morrer

Aumento de poeiras e tempestades

Aumento da erosão dos solos; aumento da poluicão do ar

Redução da produtividade dos solos

Desertificação e degração dos solos (erosão superficial dos solos)

Redução dos recursos hídricos

Falta de água para consumo

Reducão da qualidade de água

Aumento de doenças hídricas

Económicos

Redução de negócio com retalhistas

Aumento dos preços de produtos agrícolas

Reducão no fornecimento de alimentos e energia

Aumento drástico de preços; importacão/substitutes

Perda de culturas para producão de alimentos e rendimentos

Aumento da despesa de compra de alimentos

Perda de rendimentos

Reducão da qualidade de producão de gado

Venda de gado a um preço reduzido

Escassez de água

Aumento de custo de transporte

Perda de emprego, rendimentos e bens

Agravamento da pobreza; Aumento de nível de desemprego

Reducão de rendimentos do sector de turismo e recreação

Aumento da escassez de capital

Necessidade de empréstimo financeiro

Aumento de dívidas; aumento de risco de crédito para as instituições financeiras

Source: FAO 2004, adapted from Vogel, Laing and Monnik (1999).

 



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